(Texto baseado no trabalho de Scudeler et al., 2018)
Árvore inerme, latescente (látex branco), caducifólia, heliófila, monoica, até 5 m de altura. Casca espessa; ritidoma bege a cinzento, sulcado, consistente. Râmulos roliços, cinzentos, glabrescentes a glabros; catafilos diminutos, deltoides, pilosos. Folhas simples, alternas, agrupadas no ápice dos râmulos; lâmina foliar cartácea a subcoriácea, glabra; elíptica, obovada ou ovada; de 4-9 x 3,-4,5 cm; pecíolo achatado, de 10-18 mm de comprimento Inflorescência corimbiforme, axilar, glabrescente, de 3-4,5 cm de comprimento. Flores diclamídeas, pentâmeras, actinomorfas, andróginas, de 6-7 mm de comprimento; pedicelo de 9 mm de comprimento; cálice curto, glabro, com lobos iguais; corola bege, tubulosa, de 5 mm de comprimento, com lobos eretos, triangulares. que o tubo. Frutos solitários ou em dupla, achatados, circulares a piriformes, secos, deiscentes, lenticelados, polispermos, de 3,8-4,3 x 2-2,6 cm, com costas paralelas, salientes. Semente ovada, circundada por ala membranácea, de 3,2 x 2,5 cm.
Espécie descrita recentemente, com registros de ocorrência apenas na Chapada dos Veadeiros (Goiás) e no município de Arraias (Tocantins). Ocorre, na maioria das vezes, em cerrados rupestres.
Encontrada com flores em outubro e com frutos de março a maio.
Categorizada por Scudeler et al. (2018) como espécie ameaçada e vulnerável, com base nos critérios da IUCN (2016).
Distinção da espécie
Aspidosperma rizzoanum se caracteriza por apresentar folhas glabrescentes, com face abaxial acinzentada e folículos com mais de uma costa paralela proeminente.
Indivíduo em cerrado rupestre. Alto Paraíso de Goiás (GO), 12-10-2018. Autor: Eber M. Alcântara
Superfície do ritidoma. Alto Paraíso de Goiás (GO), 12-10-2018. Autor: Eber M. Alcântara
Folhas. Alto Paraíso de Goiás (GO), 12-10-2018. Autor: Eber M. Alcântara
LITERATURA
CASTELLO, A.C.D. et al. 2022. AspidospermainFlora e Funga do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <https://floradobrasil.jbrj.gov.br/FB604356>. Acesso em: 07 abr. 2022.
SCUDELER, A.L. etal. 2018. A new species of Aspidosperma (Apocynaceae) from the Brazilian Cerrado. Biotaxa, v.333, n.1, p.117-123.
Aspidosperma rizzoanum Scudeler & A.C.D. Castello was last modified: abril 7th, 2022 por Benedito Alísio da Silva Pereira